Imagine-se em uma floresta bem tranquila. Você ouve apenas o som dos pássaros, as árvores se movimentando com o vento, o barulho de uma cachoeira distante… Todo esse universo de sons, texturas e cores do mundo natural é terapêutico. E o forest bathing sintetiza o melhor desse ambiente em uma terapia com vários benefícios à sua saúde!
Trabalhar em grandes cidades, viajar a trabalho, cuidar da família e ter uma série de responsabilidades traz cansaço. E para aliviar os sintomas de um corpo e mente exaustos, buscar a natureza pode ser a melhor escolha. Seja no mar, no interior em meio ao mato, em regiões montanhosas, escapar para esses refúgios naturais renova as energias.
Não é à toa que uma terapia está ganhando cada dia mais adeptos, por suas incontáveis vantagens à saúde do corpo e da mente. Estamos falando do forest bathing, um verdadeiro banho de floresta que alimenta a alma, e que você conhece tudo sobre ele, neste post!
O que é o forest bathing?
O forest bathing é uma terapia que introduz o ser humano em espaços totalmente naturais para receber seus estímulos. Assim, os sons de folhas balançando, a textura da terra, o cheiro das folhas e flores, o visual verde e a temperatura local, são alguns dos recursos naturais que a pessoa desfruta.
Essa imersão na natureza é feita de forma mais profunda, diferente de uma caminhada no parque ou um mergulho rápido em uma cachoeira. O que faz a técnica de banho verde e natural ser mais intensa em todos os sentidos!
Qual é a origem do banho de floresta?
O forest bathing não é novo, mas só surgiu como uma terapia mais popular de conexão e relaxamento, nos anos 1980.
A técnica é utilizada no Japão há muito mais tempo do que ela foi popularizada. Pois, a população percebeu rápido o quão benéfico é para o corpo e mente, envolver-se na natureza e deixá-la agir no organismo. Tanto que a incluiu como um dos recursos medicinais para recuperação de pacientes e aumentar o bem-estar!
No Oriente, a terapia é conhecida como shinrin-yoku. Shinrin em japonês quer dizer floresta, e yoku, banho. Especialmente no Japão, essa terapia ganhou muitos praticantes. A razão é que boa parte dos japoneses vive em grandes centros urbanos e lida diariamente com o alto custo emocional de morar nesses espaços.
A vantagem é que mesmo em um país altamente industrializado como o Japão, ainda há diversos espaços naturais. O que é o campo perfeito para o fazer o forest bathing.
Quais são as principais características do forest bathing?
O forest bathing deve ser feito com alguns requisitos para que a verdadeira imersão em um profundo relaxamento aconteça. Só assim os efeitos benéficos do banho de floresta serão sentidos.
Veja as principais características do forest bathing:
- Não ter aparelhos eletrônicos por perto;
- Ir a locais da natureza, distantes de centros urbanos;
- Caminhar sem destino dentro de grandes espaços naturais;
- Buscar sentir cada detalhe que a natureza proporciona;
- Não comer enquanto se banha na floresta;
- Proteger-se adequadamente com roupas e acessórios, dependendo do local escolhido.
Quais são os benefícios de fazer o forest bathing?
Reduz o estresse
Ficar em contato com a natureza reduz consideravelmente os níveis de estresse. Se em espaços urbanos os parques públicos já promovem um alívio da selva de pedras, imagine adentrar em matas e espaços totalmente desconectados das ruas asfaltadas.
Aumenta a imunidade
O contato constante com a natureza é capaz de revigorar o corpo a ponto de melhorar a imunidade. Um dos motivos, além de todos os benefícios do relaxamento provocado pelos sons, aromas e visuais da natureza, é que com os níveis de estresse reduzidos, o corpo se recompõe mais facilmente.
Criatividade
A proximidade com plantas, folhagens, rios e cachoeiras, pedras, terra, madeira do tronco de árvores e sons da natureza, estimula bastante a criatividade. Uma boa dose de forest bathing alivia a cabeça carregada de compromissos da agenda de trabalho, e permite a entrada de novas ideias e percepções!
Reduz a pressão arterial
O aumento da pressão arterial é, entre outros motivos, causado pelo nervosismo, que é uma constante na vida agitada de trabalho. Nesse sentido, refugiar-se na natureza e ser acolhido pelo verde diminui a preocupação cotidiana e impacta em como o sangue corre pelo seu corpo.
Esse efeito reduz a pressão arterial e, consequentemente, melhora a sua respiração e a saúde cardiovascular, e previne os males causados pela pressão alta!
Aumenta a sua recuperação
Como dissemos, os japoneses sabem tanto dos benefícios do forest bathing que o incluíram como uma terapia complementar na recuperação do bem-estar. Depois de cirurgias, em tratamentos contra doenças e para aumentar o bem-estar e a saúde abalados pelo dia a dia, o banho de floresta é perfeito.
Como o forest bathing é feito?
O forest bathing pode ser feito em sua forma mais clássica, apenas caminhando por longos minutos em meio a espaços naturais. Como também, outras terapias podem ser combinadas a essa técnica natural de se curar e alcançar o equilíbrio da mente e do corpo.
Pintar, cantar, desenhar e produzir algum trabalho manual são algumas ideias de atividades para incluir na sua jornada em meio ao natural!
Inclusive, o forest bathing pode até mesmo ter um guia, que irá te ajudar a adentrar nos espaços mais reservados da natureza. Criando uma experiência ainda mais profunda e sensitiva.
O forest bathing é uma terapia que visa resgatar no ser humano aquilo que ele já sabe instintivamente que é bom: estar em contato com a natureza para se manter em equilíbrio.
Mesmo um pouco de verde no seu dia, como relaxar em ambientes com jardins e quintais com plantas, já é um hábito capaz de produzir pequenas sensações do que pode ser sentido no banho de floresta.
A exemplo de espaços de relaxamento em centros urbanos, como o Gaya Bem-Estar, que tem um cenário repleto de verde. Além dos tons claros na casa e da desconexão com o “mundo cinza exterior”, o espaço é uma amostra do que é o forest bathing em sua essência. Um refúgio de paz e acolhimento. Um resgate do bem-estar através do poder de cura da natureza!
Descubra mais sobre o forest bathing aqui neste post da revista National Geographic!
